O médico verdadeiro não tem o direito de acabar a refeição,
de escolher a hora,
de inquirir se é longe ou perto.
O que não atende por estar com visitas,
por ter trabalhado muito e achar-se fatigado,
ou por ser alta noite,
mau o caminho ou tempo,
ficar longe, ou no morro;
o que sobretudo pede um carro a quem não tem como pagar a receita,
ou diz a quem chora à porta que procure outro –
esse não é médico,
é negociante de negociante de medicina,
que trabalha para recolher capital e juros os gastos da formatura.
Esse é um desgraçado,
que manda, para outro, o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita
e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu espírito,
a única que jamais se perderá nos vaivéns da vida.
(Bezerra de Menezes,
filme "O Diário de um Espírito")
Figura: Bezerra de Menezes
O Médico dos Pobres
de escolher a hora,
de inquirir se é longe ou perto.
O que não atende por estar com visitas,
por ter trabalhado muito e achar-se fatigado,
ou por ser alta noite,
mau o caminho ou tempo,
ficar longe, ou no morro;
o que sobretudo pede um carro a quem não tem como pagar a receita,
ou diz a quem chora à porta que procure outro –
esse não é médico,
é negociante de negociante de medicina,
que trabalha para recolher capital e juros os gastos da formatura.
Esse é um desgraçado,
que manda, para outro, o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita
e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu espírito,
a única que jamais se perderá nos vaivéns da vida.
(Bezerra de Menezes,
filme "O Diário de um Espírito")
Figura: Bezerra de Menezes
O Médico dos Pobres
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