“O Ser real é constituído de corpo, mente e espírito. Dessa forma, uma abordagem psicológica para ser verdadeiramente eficaz deve ter uma visão holística do ser, tratando de seu corpo (físico e periespirítico), de sua mente (consciente, inconsciente e subconsciente) e de seu espírito imortal que traz consigo uma bagagem de experiências anteriores à presente existência e está caminhando para a perfeição Divina.” Joanna de Ângelis

A REENCARNAÇÃO DOS SUICIDAS

Entrevista de Chico Xavier ao Programa de Hebe Camargo, com a participação de Nair Bello TV Bandei rantes, 20 de dezembro de 1985 - Livro JESUS EM NÓS Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel.


NAIR BELLO – Chico, um filho excepcional é um carma, uma prova para os pais?

CHICO XAVIER – Nair, a criança excepcional sempre me impressionou pelo sofrimento de que ela é portadora,  não somente em se tratando dela mesma, mas, também, dos pais e isso tem sido o tema de várias conversações minhas com nosso Emmanuel, que é o guia espiritual de nossas tarefas, e ele, então, diz que, regra geral, a criança excepcional é o suicida reencarnado, reencarnado depois de um suicídio recente, porque a pessoa quando pensa que se aniquila, está apenas estragando ou perdendo a roupa que a Providência Divina permite de que ela se sirva durante a existência, que é o corpo físico.

A verdade é que ela em si é um corpo espiritual; então, os remanescentes do suicídio acompanham a criatura que praticou a autodestruição para a vida do Mais Além Lá ela se demora algum tempo amparada por amigos que toda criatura tem, afeições por toda parte, mas volta à Terra com os remanescentes que ela levou daqui mesmo, após o suicídio.

Se uma pessoa espatifou o crânio e se o projétil atingiu o centro da fala, ela volta com a mudez. Se atingiu apenas o centro da visão, ela volta cega, mas se atingiu determinadas regiões mais complexas do cérebro, ela vem em plena idiotia e aí os centros fisiológicos não funcionam.

A Endocrinologia teria de fazer um capítulo especial para estudar uma criança surda, muda, cega, paralítica, porque aí a criatura feriu a vida no santuário da vida que é a parte mais delicada do cérebro.

Se ela suicidou-se, mergulhando- se em águas profundas, ela vem com a disposição para o enfisema, um enfisema infantil ou da mocidade, ou dos primeiros dias da vida. Se ela, por exemplo, se enforcou, ela vem com a paraplegia, depois de uma simples queda que toda criança cai do colo da ama, do colo da mãezinha; então, quando o processo é de enforcamento, a vértebra que foi deslocada, no enforcamento, vem mais fraca e, numa simples queda, a criança é acometida pela paraplegia.

E nós vamos por aí. Outras crianças que vêm completamente perturbadas; a esquizofrenia, por exemplo, diz-se que é o suicídio, depois do homicídio. O complexo de culpa adquire dimensões tamanhas que o quimismo do cérebro se modifica e vem a esquizofrenia como uma doença verificável, porque através dos líquidos expelidos pelo corpo é possível detectar os princípios da esquizofrenia. Mas a esquizofrenia é o homicida que se fez suicida, porque o complexo de culpa é tão grande, o remorso é tão terrível que aquilo se reflete na própria vida física da criatura durante algum tempo ou muito tempo. 

12 comentários:

  1. Ola Sra. S
    Muito interessante esta postagem. Acho que tem-se aí uma hipótese explicativa para algumas doenças mentais, mas certamente carecemos de uma compreensão mais detalhada destes fenômenos. Tenho certa dificuldade em aceitar as correlações lineares de causa e efeito em se tratando de doenças mentais, do tipo: suicidou-se, então vai nascer sempre com determinada doença. Mas sem dúvida que a busca pelas causas morais de nossas doenças em vidas pretéritas é a única forma justa e eticamente compreensível dos padecimentos humanos. Esperemos mais notícias a respeito, aguardando o critério da universalidade dos ensinamentos dos espíritos.

    um abraço

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  2. Sem dúvida, sabemos que na gênese da doença mental há um complexo multicausal. Acredito que nosso Chico encontrou uma forma simples de explicar, para que compreendêssemos as leis de causa e efeito e a bondade do Pai Maior, que nos permite recomeçar.

    Com relação à própria ‘causa e efeito’, a ciência, especialmente a física quântica, vem nos auxiliando a ampliar o entendimento além de uma lógica estritamente “racional”, trazendo-nos os exemplos práticos das partículas que se apresentam simultaneamente como ondas e da relação disto com a mente do observador, dentre outros.

    Engatinhamos ainda no conhecimento do Universo e de nós próprios, mas é como você disse: esta parceria que mais se solidifica entre os espíritos encarnados e desencarnados certamente propiciará enorme crescimento a todos nós.

    Um abraço fraterno!

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  3. Tenho a mesma dúvida do Dr.Paulo Rogério D.C. Aguiar, se souber a resposta, por favor me responda, suicidou-se, então vai nascer sempre com determinada doença?

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  4. O suicídio desorganiza o local do perispírito que "expulsou" o espírito do corpo. Ao reencarnar, o novo corpo é "modelado" de acordo com o perispírito, vindo a imprimir a sequela do ato praticado. Isso sem contar o trauma psíquico, de reviver o instante da morte repetidamente depois de algum tempo. Então, a resposta é sim.

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  5. Acho também que o Chico quis simplificar a questão, em vista do tempo escasso da televisão. Porque é uma questão ampla e cada caso é um caso.Não existe uma fórmula do tipo: suicidou-se com um tiro na cabeça en tão vai nascer com esquizofrenia. Na verdade,vai depender do local do tiro, como foi dito, e que partes do cérebro foram danificadas. Vai depender também do que a pessoa sentiu depois de ter feito isso, quais emoções isso lhe causou, o local onde esteve depois (o que sentiu nesse local, quais emoções, quais pensamentos), os tipos de perseguidores que angariou com isso, etc. Conforme o que aconteceu depois da morte, uma determinada reação será causada no perispírito. Portanto um tiro no crânio pode resultar numa grande gama de doenças mentais no futuro...depende de cada caso.

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  6. Gostei muito do blog. Mas gostaria de deixar uma sugestão. Gostaria que fosse falado sobre Misofonia, uma doença pouco falada pelo espiritismo. É uma doença que intriga até mesmo o meio científico,pois nem a psicologia nem a psiquiatria conseguem explicar e ainda estão sendo feitos estudos sobre isso mas sem nenhuma conclusão até agora.
    Penso que deveria ser mais estudada, pois há milhares de pessoas com esse distúrbio que causa grande sofrimento para o paciente. Gostaria de saber se o espiritismo já tem uma explicação para isso (a Misofonia)?

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  7. Faz duas semanas meu irmão cometeu suicídio,ele foi diagnosticado Bipolar,mas tinha sinais de esquizofrenia paranoide. Eu acredito ser algo espiritual.Faço oraçãos para que seja amparado e cure suas enfermidades.Era uma pessoa maravilhosa,mas em surto se transformava.Tenho dois tios suicidas também.Poderia ser um karma familiar?

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    1. Que idade tinha seu irmão? Passei pela mesma situação. O meu foi diagnosticado com bipolaridade tipo 1, e durou seis meses. :(

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  8. Tenho um filho que nasceu com paralisia cerebral e atraso mental leve.
    Da paralisia só ficou o olho, e atraso leve não aprende na escola, é muito infantil p a idade, e bem sentimental.
    Como lidar?

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  9. meu marido se tratava de depresao como isquizofrenia e se suicidou acho que tem tudo aver o que foi dito logo a cima peço que orem por ele muita luz pra ele

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  10. Kkkkkkk, isso é no minimo estranho, então é uma bola de neve? O cara se mata, volta todo fudido, depressivo, esquizofrenico, o que se espera então é o suicídio novamente. Afinal a depressão por exemplo é uma doença que mata mais que a AIDS, vai negar que é doença? Sera que um suicida que se mata por depressão, ele se matou, ou morreu pra uma doença? Complicado né :) Se for assim, o cara que morre pra outra doença também vai voltar sequelado.

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  11. O suicida é, sem dúvida, doente. Merece carinho, jamais julgamento. A dor que vivencia é aquela autoinfligida, e tudo devemos fazer para minimizar-lhe o dano. Muita paz!

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