(De Caírbar Schutel, por Divaldo Franco, disponível no livro “Crestomatia da Imorta lidade”)
Não somente pelo gesto arrojado nos despenhadeiros da autodestruição, dominado pela loucura e a insensatez, o homem comete suicídio. Mas também pelo desrespeito as leis do equilíbrio e da eternidade com que a vida nos dignifica em toda parte.
Suicidas quase todos o somos! A lei divina é roteiro disciplinante e o corpo físico é vaso sagrado para a evolução.
No entanto, ao império da desordem, não raro desvalorizamos as bênçãos do amor celeste e geramos as víboras que nos picarão, logo mais, constringindo-nos com os anéis vigorosos que nos despedaçarão de imediato.
Coléricos extremados são suicidas impenitentes.
Ciumentos inveterados, glutões renitentes, sexualistas descontrolados, ambiciosos incorrigíveis, preguiçosos dissolutos, toxicômanos inconsequentes, alcoólatras insistentes, covardes e melancólicos que cultivam as viciações do corpo e da mente, escravizando-se às paixões aniquilantes em que se comprazem são suicidas lentos caminhando para surpresas dolorosas em que empenharão séculos de luta punitiva e dor reparadora para a própria reparação nos círculos da reencarnações inferiores. Em razão disso, afirmou Jesus há vinte séculos: “Buscai a Verdade e a Verdade vos fará livres...”.
E a Doutrina Espírita, parafraseando o Cordeiro de Deus, afirma: “Fora da Caridade não há Salvação”. Porque a caridade, como o amor, é a alma da verdade que em si mesma é a vibração da vida.
Espírita! Tenha cuidado! Ligue-se ao pensamento superior e cultive no espiritismo a ideia universal do bem, irrigando sua alma de consolo e esperança a fim de librar acima das paixões, tranquilo e feliz, após as lutas necessárias no caminho renovador do aprendizado espiritual, na carne.
Valorizemos, deste modo, o auxilio ao próximo, mas consideremos que o respeito à própria vida para a preservação do vaso orgânico que nos serve de veículo à evolução, é caridade que não pode ser desconsiderada em nosso roteiro iluminativo. Cultivemos o dever e a disciplina e, afinados ao ideal de melhor servir em nome do servidor Incançável, prossigamos fieis e dignos em todos os dias da vida.
Suicidas, quase todos o somos! Porém, como Jesus é a luz do mundo, busquemo-lO, empenhando-nos nas lides da imortalidade e despertaremos, além da morte, como a andorinha feliz singrando o ar ridente e de Eterna Primavera.
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