“O Ser real é constituído de corpo, mente e espírito. Dessa forma, uma abordagem psicológica para ser verdadeiramente eficaz deve ter uma visão holística do ser, tratando de seu corpo (físico e periespirítico), de sua mente (consciente, inconsciente e subconsciente) e de seu espírito imortal que traz consigo uma bagagem de experiências anteriores à presente existência e está caminhando para a perfeição Divina.” Joanna de Ângelis

Suicídio

(De Caírbar Schutel, por Divaldo Franco, disponível no livro “Crestomatia da Imorta lidade”)

Não somente pelo gesto arrojado nos despenhadeiros da autodestruição, dominado pela loucura e a insensatez, o homem comete suicídio. Mas também pelo desrespeito as leis do equilíbrio e da eternidade com que a vida nos dignifica em toda parte.

Suicidas quase todos o somos! A lei divina é roteiro disciplinante e o corpo físico é vaso sagrado para a evolução.

No entanto, ao império da desordem, não raro desvalorizamos as bênçãos do amor celeste e geramos as víboras que nos picarão, logo mais, constringindo-nos com os anéis vigorosos que nos despedaçarão de imediato.

Coléricos extremados são suicidas impenitentes.

Ciumentos inveterados, glutões renitentes, sexualistas descontrolados, ambiciosos incorrigíveis, preguiçosos dissolutos, toxicômanos inconsequentes, alcoólatras insistentes, covardes e melancólicos que cultivam as viciações do corpo e da mente, escravizando-se às paixões aniquilantes em que se comprazem são suicidas lentos caminhando para surpresas dolorosas em que empenharão séculos de luta punitiva e dor reparadora para a própria reparação nos círculos da reencarnações inferiores. Em razão disso, afirmou Jesus há vinte séculos: “Buscai a Verdade e a Verdade vos fará livres...”.

E a Doutrina Espírita, parafraseando o Cordeiro de Deus, afirma: “Fora da Caridade não há Salvação”. Porque a caridade, como o amor, é a alma da verdade que em si mesma é a vibração da vida.

Espírita! Tenha cuidado! Ligue-se ao pensamento superior e cultive no espiritismo a ideia universal do bem, irrigando sua alma de consolo e esperança a fim de librar acima das paixões, tranquilo e feliz, após as lutas necessárias no caminho renovador do aprendizado espiritual, na carne.

Valorizemos, deste modo, o auxilio ao próximo, mas consideremos que o respeito à própria vida para a preservação do vaso orgânico que nos serve de veículo à evolução, é caridade que não pode ser desconsiderada em nosso roteiro iluminativo. Cultivemos o dever e a disciplina e, afinados ao ideal de melhor servir em nome do servidor Incançável, prossigamos fieis e dignos em todos os dias da vida.


Suicidas, quase todos o somos! Porém, como Jesus é a luz do mundo, busquemo-lO, empenhando-nos nas lides da imortalidade e despertaremos, além da morte, como a andorinha feliz singrando o ar ridente e de Eterna Primavera.

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