“O Ser real é constituído de corpo, mente e espírito. Dessa forma, uma abordagem psicológica para ser verdadeiramente eficaz deve ter uma visão holística do ser, tratando de seu corpo (físico e periespirítico), de sua mente (consciente, inconsciente e subconsciente) e de seu espírito imortal que traz consigo uma bagagem de experiências anteriores à presente existência e está caminhando para a perfeição Divina.” Joanna de Ângelis

Epilepsia


Pela lei das afinidades o espírito é atraído, antes da reencarnação, à progênie na qual se encontram os fatores genéticos de que tem necessidade para a redenção. Mesmo nos casos em que há forte influência de fatores externos ou de causas hereditárias, temos de levar em conta os fatores cármicos incidentes que impõem ao devedor o precioso reajuste com as leis divinas, utilizando-se do recurso da enfermidade-resgate, expiação purgadora de elevado benefício para todos nós.

É neste ponto que se entenderia, do ponto de vista psicoespiritual, a Epilepsia; mas cabe considerar que há também processos de obsessão que fazem lembrar crises epilépticas, tal a similitude da manifestação. Neste caso, o hóspede perturbado exterioriza a personalidade de modo característico, através da psicofonia atormentada; sucede à crise a manifestação do obsessor. Se difere da epilepsia genuína, então, onde após a convulsão vem o coma.

É comum o caráter misto nesta enfermidade, ou seja, o epiléptico sofrer a carga obsessiva simultaneamente, graças aos gravames do passado, em que sua antiga vítima se investe da posição de cobrador, complicando-lhe a enfermidade.

Um caso exemplo

Manoel Philomeno de Miranda conta um caso bastante intenso de uma atriz que virou prostituta e cafetina (escravizando jovens mulheres e explorando idosos irresponsáveis) a fim de manter gananciosamente um patrimônio. Junto a um rapaz apaixonado, assassinou o marido (comparsa de seus crimes). Depois, eliminou o novo amante – temendo a denúncia, já que este denotava cansaço de suas carícias. Passou a não se vincular mais a ninguém por temer vinganças, e se tornou ainda mais exploradora com relação a suas vítimas.

Viveu longos anos perseguida pelos desvarios da posse, que defendida mediante o uso de todo artifício imaginável, agasalhando, porém, sem perceber, a memória das vítimas em forma de receios e remorsos que se infiltraram na mente em desalinho, até que a loucura, ao final da existência física, arrastou-a a um manicômio onde sucumbiu, esquecida.

Padeceu por décadas no além-túmulo, nas mãos dos antigos consórcios e reencarnou tendo como pais: o antigo esposo (que a internou logo que agravaram-se as crises epilépticas, tratando-a com desprezo) e uma das jovens exploradas (que desde cedo exteriorizou aversão à filha).

Suas crises epilépticas se agravariam na puberdade, apesar de desde a infância apresentar disritmias cerebrais. Condicionada por longos anos à dissimulação, à mentira, ao suborno, acalentando pavores que a arrastaram à loucura, lesou os centros perispirituais, que em se fixando no novo corpo, alteraram o metabolismo endócrino, produzindo a enfermidade que ora lhe cobrava os delitos cometidos.

Muitas vezes, durante as crises, se desprendia parcialmente do corpo e via o amante assassinado, que a atemorizava. O horror se transmitia à aparelhagem orgânica, motivando nova e penosa crise (que, não raro, durava horas contínuas). Passou a ter, assim, a noção do resgate, reconhecendo a culpa, arrependendo-se dos erros praticados, aspirando a libertação – apesar do tumulto que a vencia.

Havia, entretanto, um antigo afeto – que intercedeu pelo seu renascimento, que a visitava assiduamente, encorajando-a e auxiliando-a. Ela vem a concluir esta nova existência tendo modificado suas disposições primitivas, dando um passo a mais em seu caminho evolutivo.

(Extraído de Manoel Philomeno de Miranda, no livro “Grilhões Partidos”, psicografado por Divaldo Franco)

Cabe lembrar que a epilepsia varia em diversos graus de intensidade e, como todas as perturbações orgânicas ou emocionais, podem ser modificadas - atenuadas ou agravadas - conforme a exteriorização de nosso próprio mundo íntimo. Tendo um fim de drenagem de nossas energias perturbadoras - como toda doença - desde que consigamos modificar nosso padrão vibratório, também lhe alteramos as manifestações.

3 comentários:

  1. Qualidade na Prática Mediunica Parte I – Divaldo Franco (disponível em www.youtube.com/watch?v=l1ztvLCehuw no Minuto 55):

    Pergunta a Divaldo: A mediunidade pode ser praticada com segurança por epilépticos?

    Resposta: A epilepsia como nos referimos é um distúrbio das comunicações cerebrais. O epiléptico pode participar das reuniões. Poderá ocorrer uma ou outra vez que ele tenha um surto convulsivo. E neste momento, se procura apoiá-lo, socorrê-lo. Porque pode ser que ele frequente por um largo período e não tenha qualquer convulsão. Não poderíamos chegar ao excesso de cuidado para privá-lo inclusive de exercer a mediunidade. Porque o fato de ele ser epiléptico não implica que ele não seja possuidor de mediunidade; porque as áreas são diferentes. A mediunidade encontra-se centrada principalmente no centro coronário, na região da glândula epífise ou pineal, e a epilepsia apresenta distúrbios em determinadas áreas outras do cérebro. Lesões decorrentes de pancadas, de infecções e de outros problemas neurológicos. Então ele deve estar conscientizado de quando sentir as primeiras manifestações que são chamadas “aura epiléptica”, o paciente começa por exemplo a ter contrações do dedo mínimo, automaticamente é um gênero da epilepsia, ele vai ter a convulsão. E se ele começar a observar a sua sintomatologia, ele pode inclusive interromper, através de exercício mental, que aquela convulsão se torne uma realidade. Então ele pode, mas se estiver tomando altas medicações inibitórias ele deve evitar o fenômeno mediúnico. Pela mesma razão; porque as neurotransmissões estarão interrompidas. Estarão sob altas cargas clínicas. E nessas cargas há muita química de laboratório gerando perturbações nos centros mentais.

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  2. Oi, eu tenho 21 anos e sou epilética desde os 13. Hoje já sou totalmente dependente da minha mãe e minha família. Ainda na infância, conheci o espiritismo kardecista, e desde então, ñ tenho um pingo de dúvida na existência de DEUS e nos ensinamentos do espiritismo. Infelizmente ñ frequento mais nenhum centro, pois estou morando no interior de MG e ñ tem nenhum na mnh cidade, ou em cidades próximas. Gostaria de saber como posso buscar a evolução, se mnh vida é somente dentro de casa, é possível? Existe centros onde proporcionam palestras onlines? E se existe elas adiantariam já q eu ñ estarei lá em carne para receber o passe? E vc me indicaria algum livro, ou algum tratamento espiritual pra mim fazer enquanto faço mnhs orações? Mto obg e desculpe o incomodo com tantas perguntas, agradeceria se pudesse me ajudar, só quero poder viver normalmente aqui na Terra, e assim alcançar a evolução espiritual. Fazer com q essa "viajem" vale à pena. Mto obrigada desde já.
    Hendy Thainã

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  3. Ainda que o corpo tenha de se manter encarcerado, a mente pode ser livre, e os Bons Espíritos não possuem restrição com relação a quem vão ajudar e onde se encontram. O centro espírita é apenas uma das maneiras de reunir pessoas afins em nome da caridade. A evolução se dá em qualquer lugar, a qualquer tempo.

    Joana de Cusa, ao procurar Jesus, disposta a largar tudo e segui-lO, foi orientada a "segui-lO dentro do lar", tratando com amor o marido difícil com quem possuía dívidas de outras existências.

    Existe um site que oferece atendimento à distância: www.espiritismo.net

    Inúmeras palestras no youtube, livros virtuais e sites.
    Seguem mais algumas sugestões:
    http://www.temploespiritatupyara.org.br/
    http://www.nenossolar.com.br/
    http://www.espirito.org.br/
    http://blog.cele.com.br/

    Paz e luz!

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