“O Ser real é constituído de corpo, mente e espírito. Dessa forma, uma abordagem psicológica para ser verdadeiramente eficaz deve ter uma visão holística do ser, tratando de seu corpo (físico e periespirítico), de sua mente (consciente, inconsciente e subconsciente) e de seu espírito imortal que traz consigo uma bagagem de experiências anteriores à presente existência e está caminhando para a perfeição Divina.” Joanna de Ângelis

Loucura


O homem é o que pensa, pois é da fonte mental que flui o rio das realizações. Cada mente, na condição de fixador e seletor de aptidões, somente permite ao espírito o que este cultiva e grava nas engrenagens do perispírito, não se permitindo maiores incursões por ausência de condições psíquicas e energias encarregadas de produzir-lhe o "peso específico" para movimentar-se ou permanecer nas diversas faixas vibratórias acima das densas correntes do corpo somático.

Em nosso processo evolutivo trazemos as causas que produzem as distonias tanto físicas como psíquicas. Não podemos deixar de lado o estudo das enfermidades psiquiátricas nem a interferência dos desencarnados ("personalidades intrusas") na etiopatogenia dessas enfermidades. Para que possamos alcançar efetivamente a Cura, precisamos considerar as fontes geradoras da loucura: o espírito reencarnado e os espíritos infelizes que o martirizam (no caso das obsessões).

Segundo Bezerra de Menezes, toda enfermidade resulta das conquistas negativas do passado espiritual de cada um. Estando o campo estruturador do perispírito sob bombardeio de energias deletérias, plasmando as futuras formas para o espírito, cria-se as condições para que se manifestem as doenças.

Pela lei das afinidades, ainda, o espírito é atraído antes da reencarnação à progênie, na qual se encontram os fatores genéticos de que tem necessidade para a redenção. Quase sempre seus genitores estão vinculados, em grupos familiares, a esses espíritos em trânsito doloroso, o que constitui, normalmente, manifestação hereditária, com procedência nos graves males do alcoolismo paterno, no uso de tóxicos, se expressarem por meio de fatores múltiplos, tais a fragilidade orgânica, as excitações psíquicas, as infecções agudas que geram sequelas lamentáveis... Mesmo nos casos onde é marcante a interferência dos distúrbios orgânicos como causadores de determinada enfermidade, temos de levar em conta os fatores cármicos incidentes, que se utiliza do recurso da enfermidade-resgate para benefício do devedor.

É importantíssimo examinar as síndromes das enfermidades psiquiátricas a fim de não as confundir com os sintomas da mediunidade no período inicial da manifestação, quando o médium se encontra atormentado. Deve-se evitar generalizações simplistas.

As matrizes mentais demoradamente fixadas por viciações, desequilíbrios, não podem de uma hora para outra ser removidas ou alteradas, constituindo os fulcros de ideação e da vida, onde cada ser, encarnado ou desencarnado, habita.

Nenhuma experiência, mesmo as não recordadas, se perde em nossas aquisições pessoais. O importante não é recordar o erro, mas dele libertar-se, expulsando o débito praticado dos painéis da alma. Os assuntos perniciosos que são sepultados, sem a elucidação que os anula, ressurgem quando menos se espera, em forma de ansiedade, frustração, receio ou insegurança. As impressões do ódio, quando sufocadas, por falta de oportunidade de serem diluídas no amor, geram enfermidades que afetam o corpo e a mente.

Loucos nos encontramos quando ferimos e fazemos o mal. Quando, porém, sofremos de uma ou outra forma, nos encontramos liberando-nos da alucinação. O desequilíbrio da mente é transitório, mas o da alma é de demorado curso. A vitória realmente cabe a quem perdoa e ajuda, esquece o mal para fazer o bem, sepulta a mágoa para libertar a confiança.

Resumo extraído do livro "Grilhões Partidos" (Divaldo Franco - espírito Manoel P.Miranda)

Imagem: obra de Salvador Dali - "A Tentação de Santo Antônio"

Nenhum comentário:

Postar um comentário