“O Ser real é constituído de corpo, mente e espírito. Dessa forma, uma abordagem psicológica para ser verdadeiramente eficaz deve ter uma visão holística do ser, tratando de seu corpo (físico e periespirítico), de sua mente (consciente, inconsciente e subconsciente) e de seu espírito imortal que traz consigo uma bagagem de experiências anteriores à presente existência e está caminhando para a perfeição Divina.” Joanna de Ângelis

Ainda o Aborto – Por quê?


Texto do Dr. Gilson Luis Roberto, publicado na revista A Reencar- nação, da FERGS (Porto Alegre), 2010 (II semestre). No 440, ano LXXV.

“O aborto não é, como dizem, simplesmente um assassinato. É um roubo... Nem pode haver roubo maior. Porque, ao malogrado nasciturno, rouba-se-lhe este mundo, o céu, as estrelas, o universo, tudo. O aborto é o roubo infinito.”
Mário Quintana

Todas as pesquisas realizadas recentemente demonstram que a maioria esmagadora da população brasileira é contra o aborto, no entanto, uma pequena minoria tem defendido a sua descriminalização. Baseada em justificativas pueris e argumentos inconsistentes, tenta criar um fato político para forçar a sua aprovação, mas que, na verdade, esconde interesses econômicos e uma visão superficial, utilitarista e egoísta da vida.

Um dos argumentos é que o embrião ainda não seria um ser vivo ou um ser humano, podendo a mulher dispor do seu corpo como bem entender, se achando no direito de interromper a gravidez quando assim desejar. Se não é ser vivo, o que é?

Existe um nítido interesse de confundir a população buscando conceitos sem embasamento científico. Para isso foi criado o termo “pré-embrião” em 1986 por Anne McLaren, designando aqueles embriões que ainda não haviam sido implantados no útero para justificar métodos abortivos de interrupção da gravidez, mas o fato é que para a ciência médica a vida inicia com a fecundação, não existindo dúvidas quando a isso. Em todos os livros de embriologia médica encontramos que a vida começa com a fecundação não havendo distinção em qualquer de sua fase: “A maioria do nosso grupo não conseguiu encontrar, entre a fecundação e o nascimento, um ponto no qual fosse possível dizer: aqui não está uma vida humana.” (Willke & Willkke, Handbook on Abortion. 1971, 1975, 1979 Editions, Ch 3, Cincinati: Hayes Publishing Co.)

“Médicos, biólogos e outros cientistas concordam que a concepção marca o início da vida no ser humano – um ser que está vivo e é membro da nossa espécie. Sobre este ponto existe uma concordância esmagadora num sem-fim de artigos científicos na área de medicina e da biologia.” (Cf Report, Subcommitte on Separation of Powers to Senate Judiciary Committe S-158, 97th Congress, 1st Session 1981, p.7)

Na questão 344 de O Livro dos Espíritos, a espiritualidade referenda a ciência médica ao responder à indagação de Allan Kardec: “Em que momento a alma se une ao corpo? A união começa na concepção, mas só se completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até o instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ele se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.”

A fase de zigoto, embrião, feto, passando pelo nascimento até chegarmos à fase adulta, fazem parte da nossa evolução ontogenética. Embora essas fases de desenvolvimento sejam divididas é sempre o mesmo indivíduo igualmente identificável biologicamente ao longo de toda a sua existência, sendo um ser único e distinto: “O tipo genético – as características herdadas de um ser humano individualizado – é estabelecido no processo da concepção e permanecerá em vigor por toda a vida daquele indivíduo”. (Shettles e Rorvik, Human Life Begins in Conception. Em ´Rites of Life´, Grand Rapids (MI), Zondervan, 1983.Cfr Pastuszek, ´Is Fetus Human?´ p.5 ).

Portanto, o embrião não é um apêndice da mãe, é outra individualidade com um corpo em formação, a qual a mãe não tem o direito de destruir. Na questão 880 de O Livro dos Espíritos encontramos aquilo que deveria ser óbvio e infelizmente não é: “Qual o primeiro de todos os direitos naturais do homem? O de viver. Por isso ninguém tem o direito de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer nada que possa comprometer sua existência corporal.”

Outro argumento utilizado é que o aborto é uma questão de saúde pública já que sua legalização evitaria inúmeras mortes maternas supostamente causadas pelo aborto ilegal, ao mesmo tempo em que daria à mulher o direito de escolha. A tese que o aborto clandestino é uma das grandes causas da mortalidade materna não tem respaldo científico e nem das próprias estatísticas do Ministério da Saúde, ao contrário, o aborto legalizado é que é uma das maiores causas de mortalidade materna. Embora a maior parte das mortes relacionadas com o aborto legal não seja classificada oficialmente como tal, ele é constatado como a quinta causa de morte materna nos EUA. Um estudo finlandês de 1997, bem documentado, financiado pelo Governo, mostrou que as mulheres que abortam têm 4x maior probabilidade de morrer no espaço de 1 ano do que as mulheres que dão à luz. (“The Post Abortion Review” Vol.8, No. 3, Jul-Set 2000 Elliot Institute, PO Box 7348 Springfield, IL 62791-7348)

O Journal of American Physicians and Surgeons (Revista de Médicos e Cirurgiões dos EUA) publicou um estudo realizado por Patrick Carrol intitulado “A Epidemia do Câncer de Mama” onde se demonstra que o aborto “é o principal causador do câncer de mama”. (Disponível em www.acidigital.com/noticia.php?id=11487 e www.jpands.org/vol12no3/carroll.pdf). O estudo também mostra que o aborto antes do nascimento do primeiro filho é altamente cancerígeno.

O Dr. Joel Brind, diretor do Instituto de Prevenção do Câncer de Mama em Nova Iorque, um dos maiores especialistas na relação entre o aborto e o câncer de mama, realizou uma meta-análise de 23 estudos publicados sobre o assunto, 18 dos quais documentam uma relação entre o aborto e o câncer de mama. (Brind, Joel. 10/Mar/2003. Early Reproductive Events and Breast Cancer: A Minority Report. Em www.bcpinstitute.org/nci_minority_rpt.htm)

De acordo com o livro Breast Cancer (Câncer de Mama), do Dr. Chris Kahlenborn, a mulher que realiza um aborto tem 2x mais probabilidade de sofrer o câncer de mama. (Dr. Chris Kahlenborn. Breast Cancer: Its Link to Abortion and Birth Control Pill (OMS: Dayton, EUA, 2000).

Karen Malec, Presidente da Coalition Abortion/Breast Cancer (Coalizão Aborto/Câncer de Mama) comentou o estudo e indicou que “já é tempo dos cientistas admitirem publicamente o que privadamente já sabem entre eles: que o aborto incrementa os riscos de contrair câncer de mama. Também é tempo para que se detenham as investigações tergiversadas para proteger os estabelecimentos médicos de julgamentos maciços contra as práticas médicas.” (Disponível em www.acidigital.com/noticia.php?id=11487 e www.jpands.org/vol12no3/carroll.pdf).

Estatísticas disponíveis sugerem que cerca de 10 mulheres morrem todos os anos de gravidez ectópica relacionada ao aborto.

Portanto, o aborto, além de ser uma grande violência contra a vida da criança, é também contra a mulher. Ele é responsável por inúmeros traumas às mulheres que o praticam. Infelizmente a esmagadora maioria desconhece os efeitos prejudiciais psicológicos e físicos do aborto, havendo poucas informações sobre o assunto e um nítido interesse em escondê-los.

Um estudo realizado nos EUA pela Dra. Priscilla Coleman, professora de Desenvolvimento Humano e Estudos Familiares da “Bowling Green State University”, com 1000 adolescentes com gravidez inesperada constatou que as adolescentes que procederam ao aborto manifestaram cinco vezes mais necessidade de ajuda psicológica do que as que tiveram seus filhos. (Moura, Emanuelle Carvalho. Aspectos Psicológicos decorrentes do aborto. HTTP://providafamilia.org/site/_arquivos/2008/325_aspectos_psicologicos_decorrentes_do_aborto_em_gravidez.pdf)

Outro estudo similar publicado em Londres no “Journal of Child Psychiatry and Psychology” realizado pelo psicólogo e epidemiologista David Fergusson com 1265 mulheres, das quais 500 engravidaram pelo menos uma vez aos 25 anos, 90 delas interromperam a gravidez através do aborto. Destas, 42% sofreram depressão, tendências suicidas, abuso de drogas e álcool, demonstrando que é o aborto e não a gravidez que causam problemas mentais. (Springfield, 25/Jan/06 – www.defesadavida.com.br/noticias_100206.htm)

Em outro estudo, Coleman observou uma relação entre abuso e maus tratos infantis 2,4x maiores por mães que se submeteram a um aborto induzido na sua vida pregressa. As mulheres que abortam consomem mais álcool e drogas para superar trauma apresentando 5x mais probabilidades de consumir drogas e álcool do que uma mulher que não abortou. Logo, ao contrário do que dizem os apologistas do aborto que é melhor para a mulher dar cabo de filhos “não desejados” ainda intra-útero, do que tê-los, o aborto acarreta em maior risco de violência para com outros filhos “desejados” que essa mulher possa vir a ter ao longo de sua vida. As evidências demonstraram que o sofrimento para manter a gravidez “não desejada” é muito menor ao trauma psíquico que o aborto provoca. As incompreensões e críticas da sociedade passam, assemelham-se a um barulho produzido por uma notícia que se espalha e perde-se, mas um aborto fica gravado na história e na psique da mulher para sempre. (Moura, Emanuelle Carvalho. Aspectos Psicológicos decorrentes do aborto. HTTP://providafamilia.org/site/_arquivos/2008/325_aspectos_psicologicos_decorrentes_do_aborto_em_gravidez.pdf)

A situação é tão grave devido às consequências danosas provocadas pelo aborto à saúde mental nos países onde ele foi legalizado que o Royal College of Psychiatrists, a Associação de Psiquiatras Britânicos e Irlandeses, após afirmar que as mulheres que abortam arriscam a ter graves problemas de saúde mental, como a depressão profunda, alertaram que a mulher deve ser comunicada para os riscos caso opte pela interrupção da gravidez.  (www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/rubriche/entrevistas/20080316165334616131.html)

Com esses dados caem por baixo os argumentos utilizados para justificar qualquer razão psicológica pra a interrupção da gravidez, assim como também não existem justificativas médicas para a interrupção da gravidez normal.

O aborto provocado é um procedimento traumático com repercussões gravíssimas para a saúde mental da mulher e que geralmente aparecem tardiamente.

O aborto produz um luto incluso devido à negação da ocorrência de uma morte real, mas esse aspecto é totalmente desconsiderado.

As mulheres sofrem uma perda e suas necessidades emocionais são relegadas ou escondidas. Elas não conseguem vivenciar o seu luto e lidar com a culpa. Esse processo vai gerar profundas marcas e favorecer o surgimento da Síndrome Pós-Aborto (PAS).

O psiquiatra Tonino Cantelmi e a psicóloga clínica Cristina Carace, responsáveis pelo Centro para Tratamento da Síndrome Pós-Aborto com sede em Roma, na Itália, publicaram uma matéria chamando a atenção para o aumento dos transtornos psicológicos como repercussões do aborto provocado. Eles afirmam que os efeitos psicológicos do aborto “são extremamente variados e não parecem estar determinados pela educação recebida ou pelo credo religioso”.

Esclarecem que “A reação psicológica ao aborto espontâneo e ao aborto involuntário é diferente”; está relacionada com as características de cada um desses dois sucessos: “o aborto espontâneo é um evento imprevisto e involuntário, enquanto o IVE (aborto provocado interrompendo o desenvolvimento do embrião ou do feto e extraindo-o do útero materno) contempla a responsabilidade consciente da mãe” e que “O vínculo mãe-feto começa imediatamente depois da concepção, também nas mulheres que projetam abortar, enquanto os processos psicológicos substantivos a esta relação precoce são inconscientes e vão além do controle consciente da mãe. (www.zenit.org/article-16303?l=portuguese).

Aqueles que defendem o aborto afirmam que a admissão da culpa não é necessária e que se uma mulher se sente culpada é porque alguém “colocou a culpa nela”, mostrando uma profunda falta de entendimento dos aspectos psicológicos envolvidos e da real complexidade do ato abortivo, que aliado ao discurso em defesa do aborto, leva a uma negação ou uma projeção desses fatores. O fato é que as próprias mulheres que se submeteram ao aborto afirmam que a culpa não é gerada de fora para dentro, infundida nelas por outras pessoas ou pela religião, ao contrário, ela surgiu e cresceu em seu mundo íntimo a partir do ato abortivo.

Os problemas emocionais gerados pelo aborto são tão graves, que em muitos países onde ele é legalizado, foram criadas, pelas próprias mulheres vitimadas pelo aborto, associações como a Women Exploited by Abortion (Mulheres Exploradas pelo Aborto) nos EUA, e a Asociación de Víctimas Del Aborto (Associação de Vítimas do Aborto) na Espanha, que orientam e alertam sobre as consequências prejudiciais do aborto.

O aborto não é definitivamente uma “solução fácil” como afirmam muitos, mas um grave problema, um ato agressivo que terá repercussões contínuas na vida da mulher.

Nos EUA, muitas mulheres perceberam estes fatos e formaram a Coalisão Nacional de Mulheres pela Vida (National Women´s Coalition for Life).

Gosto de trazer o exemplo dessas organizações femininas para refutar aqueles argumentos que dizem que para o homem é fácil ir contra o aborto. As mulheres, na verdade, são as principais vítimas e as que mais lutam contra o aborto.

Os casos relatados por essas mulheres são surpreendentes e servem de profundo alerta aos que defendem a legalização do aborto.

Um dos relatos encontrados é de Maria Esperanza Puente que abortou há mais de 10 anos o seu segundo filho numa clínica espanhola. Até hoje ela sofre da Síndrome Pós-Aborto e afirma: “Sou portavoz das vítimas do aborto porque sou vítima. Nunca ninguém me informou das consequências psicológicas que ia sofrer após abortar”. (http://www.maternidadevida.org/noticias.php?Id=328)

Puente diz que embora passado tanto tempo, ainda não consegue esquecer o trauma sofrido: “As meninas mais jovens, lembro que choravam baixinho, sem fazer ruído. Ninguém comentava nada com ninguém e reinava o silêncio, quando no seu interior gritava muito forte: não quero! Mas são gritos de afogados, que não escuta nem quem está ao lado, só nós ouvimos”, relatando o que acontecia na clínica abortista. Puente entrou na sala de cirurgia para que lhe praticassem a intervenção que, segundo ela, foi “rápida e muito agressiva” e recorda: “o curioso é como antes do aborto não lhe deixam ver a tela da ecografia; se por acaso nos arrependemos quando já estamos na maca, dá no mesmo... Eu estava olhando para o teto, dizendo pare! Mas sem gritar. Queria sair correndo dali, mas não pude”.

Maria Esperanza Puente lembra que seu filho “foi colocado num recipiente de cristal e deixado ao lado, sendo visto, em seguida a enfermeira leva o pote. Nesse momento é como se lhe arrancassem com ele a vida”. Ao se referir à Síndrome Pós-Aborto, Puente assegura que não consegue se perdoar e esquecer, revivendo o aborto em qualquer situação: “Algumas jovens vêem uma criança de 4 anos, que é a idade que deveria ter o seu filho, e se põem a chorar”.

Nesse período só a Associação de Vítimas do Aborto lhe prestou ajuda. “Os médicos do Estado não oferecem ajuda, o Estado não informa, os meios de comunicação manipulam. Lançam a mensagem de que abortar é liberdade, é progresso, de que não faz mal”, afirmou Puente.

Como esses existem inúmeros relatos feitos por mulheres vitimadas pelo aborto. Para servir de base ao nosso estudo, vou descrever mais um caso que foi divulgado pela Asociación de Víctimas Del Aborto (Associação de Vítimas do Aborto) da Espanha. A mulher identificada como Lúcia L. ficou grávida aos 17 anos de idade e abortou quando estava com 6 meses de gestação: “Não nos explicaram nada mais sobre o desenvolvimento fetal, o procedimento, a duração da operação, riscos físicos e psicológicos, só que era com anestesia geral e que era muito simples”, lembrou. O relato é estremecedor... “Não sei como meu filho morreu, se o mataram na sala de cirurgia, ou se nasceu vivo e o deixaram morrer depois, não sei”, relata.

A mulher confessa que “dos 17 aos 23 anos esqueci tudo, acredito que era muito forte e minha mente bloqueou em um mecanismo de negação. Em minha casa não se voltou a falar disso, nem com meu namorado que agora é meu marido. Aos 23 anos comecei a passar mal, com ansiedade, depressão e transtornos da alimentação, mas nunca atribuí ao aborto, não reconhecia que alguém tivesse morrido naquele dia. Com essa idade eu pensava que se meu filho nascesse, este era um bebê, mas que se não nascesse, não era um ser vivo ainda e não podia acreditar que um médico fosse capaz de matar alguém ou de fazer algo que te prejudicasse. Eu pensava que se pudesse fazer, o aborto não podia ser errado.

Lúcia relata que visitou psicólogos “dos 23 anos até os 28; nenhum soube me dizer o que acontecia com o pesar que eu sempre contava do aborto. De repente, um dia falando com meu namorado da possibilidade de nos casarmos e sermos pais, tudo estalou: compreendi que tinham matado meu filho e que meu filho tinha morrido”. (http://www.noticias.info.archivo/2006/200611/20061101/20061101_236581.shtm)

Os relatos de Maria Esperanza Puente e de Lúcia descrevem bem a síndrome pós-aborto. São mulheres que tentaram ignorar os efeitos do aborto provocando o surgimento dos sintomas tardiamente e de difícil solução.

Muitos dos que defendem o aborto argumentam que o aborto deveria ser uma escolha para a mulher, quando na verdade, a grande maioria das mulheres que abortam o fazem por não receberem apoio e o auxílio necessário para manter a gravidez. Muitas delas são levadas ao aborto por falta de apoio da família, pela pressão da sociedade ou imposição do seu companheiro.

Estudos de mulheres que fizeram aborto (veja, por exemplo, o livro do Dr. David Reardon, Aborted Women, Silent no More. Chicago, Loyola University Press, 1987) mostram que o aborto não é uma questão de dar à mulher uma “escolha”. É, tragicamente, uma situação em que as mulheres sentiram que não tinham NENHUMA ESCOLHA, sentiram que ninguém se importava com elas e com seu bebê, dando-lhes alternativa alguma a não ser o aborto.

A mulher se sente rejeitada, confusa, com medo, sozinha, incapaz de lidar com a gravidez – e, no meio disto tudo, a sociedade lhe diz “Nós eliminaremos o seu problema eliminando o seu bebê. Faça um aborto. É seguro, fácil e uma solução legal.” E é exatamente nestes países em que o aborto foi legalizado onde existem os maiores índices que ocorrências graves de problemas físicos, mortalidade materna e síndrome pós-aborto. Por mais que a sociedade utilitarista, hipócrita e superficial tente esconder ou mascarar o seu crime, banalizando a vida e “coisificando” o ser humano através do aborto legalizado, ela só faz aumentar a dor da perda e da culpa,que ressurgem mais intensas e problemáticas em forma de patologias mentais graves e complexas. Enquanto brincarmos com a vida e favorecermos a violência, mais seremos vitimados pela própria violência.

Entretanto, nada disso é dito às mulheres que vão abortar, sobre os muitos efeitos prejudiciais psicológicos e físicos do aborto.

O valor de uma sociedade se mostra pela sua capacidade de amparar os mais fracos!

O aborto é um desrespeito à vida, uma das maiores violências contra o ser humano.

A vida cumpre uma finalidade muito maior do que simplesmente a existência material. Finalidade essa que muitos não conseguem perceber, exigindo uma visão bem mais profunda, sensível e dilatada do ser humano, muito além do que a percepção materialista-utilitarista pode oferecer. Infelizmente, no momento atual em que vivemos, em que predomina a superficialidade da vida e das aparências, poucos são aqueles que conseguem preservar a sua humanidade. A maioria se deixa contaminar pela frieza do tecnologismo, do egoísmo e da “coisificação” da vida. O ser humano então não passa de uma “coisa”, um simples objeto que pode ser descartado como descartamos o lixo em nossas casas! Essa é a triste realidade da sociedade em que estamos vivendo!

4 comentários:

  1. Bom dia Michelle, gostaria de uma indicação de alguma literatura para educação sexual, tenho uma filha de 10 anos

    Sds,
    Souza

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  2. Parabéns pelo Blog, muito bom mesmo
    se me permite fazer uma solicitação,
    Procurei no indice de assuntos, e não encontrei algo relativo aos sentimentos (desenvolvimento e evolução, se é um atributo esclusivo do homem, diferença entre instinto e sentimentos)

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  3. Prezado Souza, as casas espirítas que oferecem Evangelização para infância e adolescência costumam trabalhar bem esta temática, com material do próprio programa da Federação Espirita.

    Indicamos, além disso, o livro "Adolescência e Vida" de Joanna de Angelis, que aborda esta fase do desenvolvimento humano na Terra com muita propriedade.

    Pesquisador, em breve estaremos postando material sobre sentimentos.

    Muita paz.

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  4. Parabéns ao excelente trabalho. Já usamos este material em nosso blog.

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